quarta-feira, 18 de maio de 2016

Previdência: antes de reforma, é preciso rever desonerações e combater sonegação


Analista do Dieese aponta setores que não contribuem, que receberam isenção ou que tradicionalmente sonegam como fonte de recursos para equilibrar o sistema, antes de se propor mudanças no acesso
por Redação RBA publicado 17/05/2016 10:42, última modificação 17/05/2016 11:47
ARQUIVO/EBC
aposentadoria
'Centrais não concordam que a discussão recaia sobre a limitação do direito de acesso à Previdência'
São Paulo – Em entrevista hoje (17) ao jornal Nacional Brasil, da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), em parceria com a Rádio Brasil Atual, o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, afirma que, antes de se discutir mudanças nos critérios de acesso à Previdência, é necessário a adoção de outras medidas como o combate à sonegação e a inadimplência. Ontem (16) representantes de quatro centrais sindicais se reuniram com o presidente interino, Michel Temer, para tratar de eventual reforma no sistema previdenciário. CUT e CTB recusaram o encontro por não reconhecer o governo provisório (leia abaixo).
Para Clemente, as desonerações que reduziram a contribuição à Previdência precisam ser revistas. Ele citou também setores que tradicionalmente sonegam o sistema, como os grandes times de futebol que, apesar de pagarem milhões aos jogadores, se recusam a contribuir. O agronegócio também seria outro setor que poderia contribuir mais para o equilíbrio das contas da Previdência.
"As centrais sindicais não concordam que a discussão recaia sobre a limitação do direito de acesso à Previdência. Seja aumentando o tempo de contribuição, diminuindo a diferença entre homens e mulheres, seja desvinculando o salário mínimo da base da Previdência. São todos preceitos que as centrais consideram muito caros à política da Previdência e que devem ser mantidos", analisa Clemente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário