segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A rota da inclusão pela educação


31/08/2015 12:55
Beneficiário do Bolsa Família, jovem de Arapiraca (AL) conquistou a medalha de prata na WorldSkills, maior competição internacional de educação profissional

Brasília, 31 – Ser um dos melhores do mundo na sua profissão. Um objetivo que poderia parecer distante a muitos. E que foi alcançado por um jovem de apenas 21 anos, beneficiário do Bolsa Família. O alagoano Weverton Guilherme Santos Silva conquistou o feito ao ganhar a medalha de prata na modalidade Construção em Alvenaria na WorldSkills 2015, a maior competição de educação profissional do planeta.

Morador de Arapiraca (AL), o estudante passou, durante um ano e dois meses, pela capacitação de Pedreiro de Edificações do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “O curso é muito importante para os jovens. A capacitação profissional é uma porta que se abre”, afirma. “Minha base completa para participar do Worldskills veio do curso. O que um pedreiro convencional faz não é voltado para este tipo de competição, não dá para desenvolver os projetos.”

Divulgação/Senai-AL

Weverton lembra como o acompanhamento que as prefeituras fazem da frequência das crianças do Bolsa Família em sala de aula ajudou ele a sonhar mais alto. “O Bolsa Família se torna um incentivo para a criança e para o jovem não perder o vínculo com a escola e terminar os estudos”, explica. Todos os meses, a mãe do estudante, Maria Socorro dos Santos, 50 anos, tem direito a sacar R$ 112 do programa de complementação de renda.

Durante as provas da competição, realizada entre 12 e 16 de agosto, em São Paulo, Weverton Silva teve que construir três paredes com tijolo, cimento, argamassa, laminado e blocos, que representassem a camisa 10 de Pelé, uma mão e a palavra Brasil. “Um dos meus objetivos era mostrar que uma profissão discriminada pode alcançar a excelência”, conta. Com o segundo lugar, o jovem ganhou uma bolsa integral para estudar engenharia civil. E ainda poderá fazer um curso de inglês sem gastar nada.

“O mercado de trabalho abre as portas para você quando se ganha um prêmio como esse”, ressalta o estudante. Weverton já foi convidado a trabalhar em uma empresa do ramo de construção civil e para dar aulas na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Arapiraca. No entanto, ele quer continuar seus estudos.

Weverton Silva contribuiu para uma marca histórica brasileira na competição, com a conquista de 27 medalhas. Foram 11 de ouro, 10 de prata e 6 de bronze, além de 18 certificados de excelência. Na pontuação geral, o time brasileiro ficou em primeiro lugar, deixando para trás países como Coréia do Sul, em segundo, e Taipé Chinesa, em terceiro.

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