segunda-feira, 27 de julho de 2015

Aumento de casos de dengue no Rio reflete volta do vírus tipo 1


  • 27/07/2015 14h43
  • Rio de Janeiro
Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil
Mosquito da dengue, Aedes aegypti
Rio de Janeiro registra 48.797 casos suspeitos de dengue este ano Arquivo/Agência Brasil
O aumento de casos de dengue no Rio de Janeiro, em 2015, se deve à volta do vírus tipo 1, explicou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe. O número de pessoas suspeitas de dengue é de 48.797, seis vezes maior do que os casos registrados em todo o ano de 2014.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, apesar do número elevado, não há risco de epidemia. O subsecretário esclareceu que o aumento de doentes em relação a 2014 ocorre pela reintrodução do vírus tipo 1, no interior do Rio, principalmente no norte e noroeste. São quatro tipos de vírus em circulação e os surtos ocorrem em ciclos, acrescenta.
De acordo com Chieppe, a alternância de circulação dos tipos de vírus da dengue contribui para que alguns anos tenham taxas mais elevadas. A circulação dos quatro vírus em ação "acaba por tornar uma parte da população imune, o que justifica termos anos com maior intensidade de transmissão", ressaltou.
Em 2013, ano em que a doença foi considerada uma epidemia no Rio, 217.977 casos foram confirmados. Naquele ano, foram 60 mortes, ante dez até agora. Em 2014, quando circulou o vírus tipo 4, que já havia aparecido em 2012 e 2013, o número de doentes chegou a 7.819.
Em todo o país, o Ministério da Saúde contabiliza 1.174.110 de casos suspeitos de dengue, sendo 755.537 na Região Sudeste, que é a mais populosa. O estado de São Paulo tem mais da metade dos pacientes com suspeita de dengue na região, com 553.756 casos, seguido de Minas Gerais, 147.764. A maior incidência, por causa das temperaturas mais altas, ocorreu em abril, segundo boletim mais recente.
Para combater a dengue, o estado do Rio investe na campanha 10 Minutos Contra a Dengue, que propõe procedimentos como a limpeza de eventuais criadouros do mosquito, dentro de casa, que concentra 80% dos focos. Além disso, promove capacitação de profissionais de saúde para identificar e tratar logo o paciente, diminuindo os riscos de morte, por exemplo.
Edição: Stênio Ribeiro

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