sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Mais de 17,1 milhões de negros superaram extrema pobreza no país


20/11/2014 18:53
Com o Plano Brasil Sem Miséria, famílias melhoraram renda e
 têm mais qualificação profissional e acesso à saúde e à educação

Brasília, 20 – O Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado nesta 
quinta-feira (20), reforça a importância da articulação de políticas públicas 
para a superação da extrema pobreza entre a população negra. Desde 2011,
 quando foi criado o Plano Brasil Sem Miséria, mais de 17,1 milhões de negros 
superaram a miséria. As ações do governo federal contribuem para
um resgate histórico, que melhora a renda das famílias e dá mais 
acesso à saúde e à educação.

Estudo desenvolvido pelo MDS para avaliar a pobreza em uma visão
 multidimensional, a partir de trabalhos desenvolvidos por técnicos do 
Banco Mundial, aponta forte redução entre a população de negros e 
indígenas, passando de 12,6% em 2002 para 1,7% em 2013. “A vida
 dessas famílias, que por muito tempo foram excluídas da sociedade 
pela raça, pela baixa renda e pela falta de oportunidades, está se 
transformando para melhor”, observa a ministra do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Ela ressalta que,
 entre os 14 milhões de famílias beneficiárias do Bolsa Família,
73% são negros e pardos.

Para o professor Joaquim Souza Ribeiro, 27 anos, da comunidade 
quilombola Vão das Almas, a 80 quilômetros de Cavalcante (GO), 
as políticas sociais mudaram, principalmente, a vida das crianças
que frequentam a escola. Ele ensina 20 alunos – todos beneficiários
do Bolsa Família.

Joaquim, que cresceu na comunidade quilombola, conta que só saiu 
de lá para concluir os estudos na cidade de Teresina de Goiás (GO).
 Ele acredita num futuro mais desenvolvido e reconhece que o Bolsa
 Família está ajudando no progresso de Vão das Almas. “Com o benefício,
ninguém mais tira os filhos da escola. Antes as crianças tinham que ajudar 
na roça e paravam os estudos. Hoje eles não podem perder aula porque
têm Bolsa Família, que ainda ajuda os pais a comprar material.”


Outra mudança apontada por Joaquim é a merenda escolar, garantida 
por meio dos programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e Nacional 
de Alimentação Escolar (Pnae), do governo federal. Os lanches respeitam 
o cardápio quilombola: quibebe de mandioca com carne, beiju com manteiga 
e sucos de frutas do Cerrado. “Os meninos andam muito até a escola e 
chegam com fome. Mas hoje estudam com a barriga cheia. Antes 
até tinha merenda, mas era pouca”, diz.

A agricultora familiar, Dirani Francisco Maia, 46 anos, também vive no
 quilombo goiano, e superou a pobreza com o auxílio do Bolsa Família.
 Ela produz óleos de gergelim, mamona, pequi e coco para garantir o 
sustento de sete filhos. Também planta mandioca, arroz e feijão.


Os filhos, diz ela, “só estudam e brincam”. “Eles não podem perder o 
estudo. Então tem hora que tiro do Bolsa Família o dinheiro para pagar
 um trabalhador que me ajuda na roça”, explica ela, lembrando ainda que
 a saúde das crianças melhorou muito nos últimos anos, com a visita 
periódica do agente de saúde e o acompanhamento da carteira de vacinação.
 “Antigamente existiam muitos tipos de doença. Hoje já não tem. 
Até a gripe é mais fraca.”

Outras ações – Com o Brasil Sem Miséria, os negros também tiveram 
oportunidades de empreender e melhorar a renda. Do total de
 empreendedores do Cadastro Único que fizeram operações de
 microcrédito produtivo do Programa Crescer, 77% são negros.
 Eles também são mais de 680 mil entre os microempreendedores
 individuais que formalizaram suas atividades.


Além disso, os negros têm a oportunidade de se qualificar com o 
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego 
(Pronatec), voltado ao público do Brasil Sem Miséria. Eles representam
 68% das mais de 1,5 milhão de matrículas no programa.

No campo, a população negra também está sendo incluída. 
Nos programas Luz para Todos e Água para Todos, eles são 
80% do total de beneficiários. E também tem participação expressiva
 nos programas Bolsa Verde e de Fomento às Atividades Rurais.

Central de Atendimento do MDS:
0800-707-2003

Informações para a imprensa:
Ascom/MDS
(61) 2030-1021
www.mds.gov.br/saladeimprensa

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