terça-feira, 23 de setembro de 2014

Precisamos reverter lógica de que combater mudança do clima é danoso à economia, diz Dilma

Posted: 23 Sep 2014 01:16 PM PDT
“Em um quadro de injustiça ambiental, as populações pobres são as mais vulneráveis, principalmente em nossas cidades”, afirmou Dilma Sessão Plenária da Cúpula do Clima da ONU, em Nova Iorque. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.“Em um quadro de injustiça ambiental, as populações pobres são as mais vulneráveis, principalmente em nossas cidades”, afirmou Dilma Sessão Plenária da Cúpula do Clima da ONU, em Nova Iorque. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.
ONU
A presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta terça-feira (23), nos Estados Unidos, que os países em desenvolvimento não renunciarão ao imperativo de reduzir as desigualdades e elevar o padrão de vida de sua gente. “Temos igual direito ao bem-estar. E estamos provando que um modelo socialmente justo e ambientalmente sustentável é possível. O Brasil é exemplo disso”, disse a chefe de Estado brasileira, ao participar da Cúpula do Clima 2014, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Dilma acrescentou que os custos para enfrentar a mudança do clima são elevados, mas os benefícios compensam. “Precisamos reverter a lógica de que o combate à mudança do clima é danoso à economia. A redução das emissões e ações de adaptação devem ser reconhecidas como fonte de riqueza, de modo a atrair investimentos e lastrear novas ações de desenvolvimento sustentável”, alertou.
E lembrou que os desastres naturais relacionados à mudança do clima têm ceifado vidas e prejudicado as atividades econômicas em todo o mundo – e as populações pobres são as que mais sofrem. “Em um quadro de injustiça ambiental, as populações pobres são as mais vulneráveis, principalmente em nossas cidades”.
No Brasil, o governo implementou a Política Nacional de Prevenção e Monitoramento de Desastres Naturais, com o objetivo de impedir que esses desastres causem danos às pessoas, ao patrimônio e ao meio ambiente. “Até o final deste ano, submeteremos à sociedade brasileira uma parte da política acima referida,  o Plano Nacional de Adaptação”.
Historicamente, os países desenvolvidos alcançaram o nível de bem estar de suas sociedades graças a um modelo de desenvolvimento, baseado em altas taxas de emissões de gases danosos ao clima, disse Dilma, ressalvando que o Brasil não quer repetir esse modelo.
A Cúpula do Clima 2014 antecede a 69ª Assembleia Geral da ONU, convocada pelo secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, e será aberta pela presidenta brasileira nesta quarta-feira (24).

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