terça-feira, 26 de agosto de 2014

Zona Franca de Manaus tem primeira fábrica de medicamento

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, participou nesta segunda-feira (25) da inauguração da NOVAMED/EMS, primeira fábrica de medicamentos instalada na Zona Franca de Manaus. A construção da unidade, que faz parte do grupo farmacêutico brasileiro EMS, contou com o financiamento de R$ 260 milhões do Programa BNDES de Apoio ao Desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde (BNDES Profarma). O investimento total na construção foi de R$ 385 milhões. A expectativa é que a unidade industrial produza cerca de 1,5 bilhão de comprimidos genéricos ao mês.
A fábrica faz parte da política de promoção do desenvolvimento da indústria da saúde no Brasil, cujo responsável é o Ministério da Saúde. Por meio dessa política, o Governo Federal atrai e promove investimentos produtivos para o país, além de ampliar a capacidade de produção de todos os tipos de medicamentos. “Temos um sistema público de saúde potente, com alto poder de compra e um estado capaz de induzir uma política de desenvolvimento industrial na área da indústria farmacêutica de equipamentos médicos e hospitalares. O Brasil tem condições de liderar e se transformar em uma potência no setor farmacêutico, capaz de criar uma política que não só combine desenvolvimento industrial, mas, acima de tudo, uma equação que seja favorável aos brasileiros na garantia do acesso”, enfatizou o Ministro da Saúde, Arthur Chioro.
A Novamed prevê a criação de aproximadamente 500 empregos diretos e 2.000 indiretos, com benefícios econômicos e sociais para a Região Norte. A planta inaugurada tem três andares, 30 mil m2 e conta com um moderno processo de separação e pesagem automática de materiais, que permite a ampliação significativa da produção de comprimidos, chegando a triplicar a capacidade produtiva atual.
Parcerias - O grupo EMS é o maior grupo farmacêutico do Brasil e o terceiro maior da América Latina. Ele é o parceiro privado do Ministério da Saúde em 14 Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), que preveem a transferência de tecnologia do laboratório privado para o público, entre eles medicamentos biológicos para câncer e doenças autoimunes. “Essas parcerias com o grupo EMS, quando todas atingirem pleno êxito, significará uma economia de R$ 1,9 bilhão para o governo brasileiro. É uma equação sinérgica: ganha o laboratório púbico, a iniciativa privada, que se desenvolve no nosso país e gera mais emprego, ganha a nossa capacidade de desenvolver inovação e acúmulo de conhecimento, mas ganha, acima de tudo a população brasileira, que consegue ter produtos de qualidade, mais baratos e ganha a gente que teremos capacidade de ampliar a lista de medicamentos para a população”, finaliza Chioro.
O domínio de todas as atividades de produção resulta em produtos de qualidade a preços competitivos, garantindo o abastecimento dos serviços públicos de saúde com redução da dependência internacional. Quando todas as PDPs estiverem concluídas, poderá gerar uma economia da ordem de R$ 1,9 bilhão para o SUS.
GENÉRICOS – Atualmente os genéricos representam 30% do mercado de medicamentos nacional, ou seja, a cada três vendidos nas farmácias brasileiras, um é genérico. Para cada medicamento de marca, há oito genéricos disponíveis. Como consequência do crescimento do mercado, a concorrência é maior e os preços são bem mais baixos em relação aos medicamentos de referência. Somente em 2012, a ANVISA registrou 413 genéricos.

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