quinta-feira, 24 de julho de 2014

'Mais Médicos' atinge 438 mil pessoas no Amapá, diz Ministério da Saúde

24/07/2014 19h49 - Atualizado em 24/07/2014 19h49

Ministério indicou como positiva a redução de internações em hospitais. 
Programa enviou 127 médicos para cidades e áreas indígenas do Amapá.

John PachecoDo G1 AP
Geô Iaparrá sendo consultado por médico cubano (Foto: Abinoan Santiago/G1)Estrangeiros realizam atendimentos em aldeias
indígenas do Amapá (Foto: Abinoan Santiago/G1)
O primeiro ano de atuação do programa federal 'Mais Médicos' no Amapá foi avaliado como positivo pelo Ministério da Saúde(MS), gestores municipais e pelos próprios profissionais durante seminário ocorrido nesta quinta-feira (24), em Macapá. Desde o início do programa, 127 médicos nacionais e estrangeiros foram distribuídos para trabalhar na atenção básica dos 16 municípios do estado, além de distritos sanitários indígenas.
Segundo dados do MS, a cobertura do programa atinge diretamente uma população de 438 mil pessoas em todo o Amapá. Os médicos atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS's) em parceria com os profissionais do Programa Saúde na Família (PSF).
Antônio Alves, secretário especial de Saúde Indígena (Foto: John Pacheco/G1)Antônio Alves, secretário especial de Saúde
Indígena (Foto: John Pacheco/G1)
O secretário especial de Saúde Indígena, Antônio Alves, que representou o ministério, disse que os atendimentos dos médicos estrangeiros nos municípios têm reduzido o índice de internação nos hospitais, além de atribuir ainda mais para a atenção básica o acompanhamento de pacientes com hipertensão e diabetes.
"Por ser um estado pequeno, é um ganho a entrada de 127 novos profissionais em menos de um ano. A adesão dos municípios ao programa ainda garante investimentos nas UBS's. Pouco a pouco existe uma relação solidária dos médicos com a comunidade, tanto a indígena quanto a não indígena", comentou.
Médico cubano Ennier Arocha, de 33 anos, atua em Macapá (Foto: John Pacheco/G1)Médico cubano Ennier Arocha, de 33 anos, atua em
Macapá (Foto: John Pacheco/G1)
Em pouco tempo, segundo o secretário, problemas com a adaptação dos médicos foram superados. "Como a maioria dos profissionais são cubanos, eles têm uma língua parecida com a nossa, mas mesmo assim foram capacitados para o português, e hoje a língua não é mais uma barreira", disse Alves.
A aceitação dos médicos estrangeiros pelos brasileiros facilitou o bom relacionamento com as comunidades, segundo o cubano Ennier Arocha, de 33 anos. "A gentileza e o respeito da população com a gente faz com que entendamos o quanto o programa é importante para eles. Pessoalmente, a adaptação ocorreu de forma rápida pois o clima quente, além da culinária, são muito semelhantes aos de Cuba", comparou Arocha, que trabalha em Macapá.
Maryanne Seabra, coordenadora do Mais Médicos no Amapá, informou que não houve nenhuma desistência de profissionais por motivos de não adaptação ao estado. No fim de junho de 2014, o médico cubano Juan Carlos Guerra Mora, de 52 anos, morreu após sofrer um infarto. Ele atuava na aldeia Kumenê, no município de Oiapoque, distante 590 quilômetros da capital.

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