quarta-feira, 30 de abril de 2014

Seca reduz safra e eleva preço do café em Minas


postado há 1 dia atrás

A perspectiva de redução na safra de café deste ano em Minas Gerais, em função da estiagem prolongada que atingiu o Estado nos três primeiros meses do ano, poderá ser compensada pela valorização da cotação do grão – atualmente, a saca do produto padrão de mercado está valendo cerca de R$ 500.

Levantamento feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no mês passado mostrou que o Valor Bruto da Produção (VBP), que consiste no volume estimado da produção multiplicado pela cotação média do café, deverá alcançar R$ 9,2 bilhões em Minas, um crescimento de 13,6% em relação ao registrado no ano passado, quando a saca estava avaliada em, aproximadamente, R$ 250.

Segundo o gerente comercial de mercado interno da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), no Sul do Estado, Luiz Fernando dos Reis, ainda há muita especulação sobre a safra 2014, que começará a ser colhida no final deste mês, mas, por ora, os cafeicultores estão tendo um retorno favorável.

“Hoje, o produtor está sendo bem remunerado, porque o preço atual está acima dos custos de produção. Mas, se o mercado devolver a alta dos últimos meses e voltarmos a patamares anteriores, teremos, novamente, preços que ficam bem aquém do custo do produtor. O café a R$ 250 não remunera, mas a R$ 500, sim. Só que é difícil avaliar se (o preço) vai continuar subindo ou se vai cair. Ainda não temos números concretos em mãos”, diz Luiz dos Reis.

Projeções

De acordo com o assessor especial de café da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Niwton Castro Moraes, porém, já existem dados que apontam para uma perda equivalente a oito milhões de sacas de café em decorrência da seca na região Sudeste do Brasil, no primeiro trimestre deste ano.

“Esse número é importante, porque reduz os estoques, que até então existiam. Além disso, os impactos na safra brasileira exercem um efeito importante na safra mundial, uma vez que o Brasil é responsável por um terço da produção de todo o mundo”, afirma Moraes.

O assessor lembra que, além de prejudicar a safra atual, a seca poderá comprometer a colheita do próximo ano, porque as sementes provavelmente não atingirão o tamanho ideal.

As informações são do Hoje em Dia 

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