domingo, 19 de janeiro de 2014

Espanhóis viram maioria entre moradores de rua que buscam abrigo em Madri. por Rafael Duque

Primeiros dados divulgados pela cidade mostran que 53,4% deles nasceram na Espanha, contra 34,9% no período anterior

Os primeiros dados divulgados pela prefeitura de Madri, capital da Espanha, sobre a campanha de acolhida de moradores de rua nas noites mais frias do inverno revelou que, ao contrário do ano passado, a maioria das pessoas que buscam os centros de acolhida é espanhola. Se, na temporada de 2012-2013, 65,1% dos moradores de rua eram estrangeiros, e apenas 34,9% espanhóis, neste inverno a porcentagem total de nacionais chegou a 53,4%.
Os homens ainda são a maioria entre os moradores que buscam os centros, mas a porcentagem de mulheres subiu de 10,6% do total em 2012 para 13,4% neste ano.
A campanha começou no dia 25 de novembro e dura 127 dias, até 31 de março. O orçamento disponibilizado pela prefeitura ultrapassa o valor de € 1 milhão.
A oferta pública para este tipo de serviço na capital espanhola é de 2.021 camas, e a taxa de ocupação do principal centro de acolhida subiu de 64% no ano passado para 84% em 2013. A prefeitura disponibiliza um serviço de transporte que leva os moradores de rua até o local de acolhida de noite e os deixa novamente no centro da cidade na manhã seguinte.
Campanha de alimentos
No primeiro final de semana de dezembro aconteceu uma grande campanha de doações de alimentos para as famílias afetadas pela crise econômica e social que afeta a Espanha. Organizada pelo Banco de Alimentos de Madri, a ação recolheu cerca de 1.500 toneladas de alimentos e contou com a participação de 15 mil voluntários.
Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), a Espanha tem uma taxa de desemprego de 25,98%, o que representa 5,9 milhões de pessoas. Entre os jovens a situação é ainda pior, 54,39% dos espanhóis com menos de 25 anos não encontram emprego.

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