quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Imigrantes passam de 10 milhões na Alemanha


Quase 13% da população alemã atual é formada por imigrantes. A maioria é oriunda da Europa

Marco Túlio Pereira




















Uma em cada oito pessoas que vive na Alemanha nasceu no exterior e imigrou para o país nos últimos 60 anos. É o que afirma o Destatis (Escritório Federal de Estatísticas da Alemanha), por ocasião do Dia Internacional do Imigrante, comemorado nesta terça-feira (18).
No total, 10,7 milhões de imigrantes de 194 nações diferentes vivem na Alemanha. A maioria é oriunda da Europa (7,4 milhões), e quase a metade vem de estados afiliados à União Europeia (3,5 milhões). Os principais países de origem dessas pessoas são os Estados que formavam a antiga União Soviética, com 2,4 milhões de imigrantes, a Turquia, com 1,5 milhão, e a Polônia, com 1,1 milhão.
Muitos passaram a vida inteira na Alemanha, outros acabaram de chegar. Os que vivem há mais de 40 anos no país já passam de 1,4 milhão de pessoas. Mais da metade dos imigrantes (5,9 milhões) se mudaram entre 1990 e 2010. Depois de uma tendência de queda, o número de imigrantes voltou a subir a partir de 2010. Desde janeiro de 2011, 500 mil pessoas migraram para a Alemanha, das quais 300 mil apenas nos seis primeiros meses de 2012.
As razões da imigração para a Alemanha são muito distintas. Nas décadas de 1960 e 1970, o movimento imigratório era de trabalhadores e suas famílias. Nos anos 1980, a maioria dos imigrantes foi de exilados, e de 1990 a 2000, de descendentes de alemães que viviam nos antigos estados soviéticos. Desde então, pessoas em fuga de guerras civis ou militares têm o país como destino. Nos últimos anos, a Alemanha serviu como plano de fuga para cidadãos dos Bálcãs, do Iraque, do Irã, do Afeganistão e, mais recentemente, do norte da África (sobretudo vindos da Líbia e da Tunísia) e do Oriente Médio.


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