sexta-feira, 28 de setembro de 2012

SP discutiu desenvolvimento regional com foco na indústria




Ipea participou do debate na conferência no estado, inaugurada nesta terça-feira
Foto: Ivan Figueiredo
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Participantes da mesa de abertura da conferência em São Paulo, realizada no Cepam
O estado de São Paulo inaugurou sua Conferência Estadual de Desenvolvimento Regional nesta terça-feira, 25 de setembro, no Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (Cepam), localizado na Universidade de São Paulo (USP). A mesa de abertura contou com a presença do assessor técnico da Presidência do IpeaAndré Viana, do secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional e presidente da conferência, Julio Semeghini, do presidente do Cepam e secretário executivo da conferência, Lobbe Neto, e do secretário executivo geral da Presidência da República, Rogério Sotilli, entre outras autoridades.
Cerca de 300 pessoas compareceram à cerimônia de abertura, que também foi transmitida ao vivo pela internet. Viana participou da mesa de abertura e, em seguida, proferiu palestra sobre o Padrão de Desenvolvimento Brasileiro no primeiro painel da conferência. Ele lembrou os momentos difíceis para o crescimento econômico do país entre 1984 e 2003.
“Voltamos a ter um processo de novos investimentos na economia brasileira. A redução da pobreza possibilitou a retomada do mercado interno como elemento fundamental do crescimento. A desigualdade caiu, e o emprego aumentou”, afirmou o assessor técnico, destacando ainda que o Índice de Expectativas das Famílias, publicado peloIpea, revelou confiança de aproximadamente 80% da população na economia nacional.
Viana sugeriu ainda uma reflexão sobre até que ponto não seria positivo para a economia do Brasil investir mais em nações vizinhas, criando novos elementos da cadeia produtiva com esses países, de forma a fortalecer a indústria brasileira. E garantiu que há mais espaço para o crescimento puxado pelo consumo. “O aumento da arrecadação federal, de estados e municípios deu-se, nos últimos anos, com base especialmente na elevação da capacidade arrecadatória e do PIB. Rediscutir o pacto federativo e a questão fiscal entre os estados pode possibilitar um volume de recursos para políticas públicas de investimento e, do ponto de vista de bancos públicos e do governo federal, aumento dos incentivos para consumo das famílias e transferências de renda”, declarou.
Esforço nacional
O representante do Ministério da Integração Nacional no evento de São Paulo foi o secretário de Desenvolvimento Regional Sérgio Castro. Ele falou sobre o trabalho no sentido de reduzir disparidades regionais no território brasileiro. “O Brasil tem feito um esforço, desde a Constituição de 1998, por parte dos governos federal, estaduais e municipais, numa forte articulação federativa, no sentido de enfrentar a dívida social histórica no país em função das desigualdades regionais”, declarou, lembrando que a parcela da população abaixo da linha de extrema pobreza caiu de 20% em 1995 para menos de 8% em 2008.
O secretário Julio Semeghini destacou que a conferência tem grande importância por levar ao debate nacional a “integração entre os entes federados e a relevância da articulação entre os municípios”. Segundo ele, o Plano Real foi essencial para o processo que o país vive hoje. “O Brasil saiu da especulação financeira, a produção passou a ser valorizada, e a sociedade começou a se organizar. Entre os ganhos, está a moeda estável, que o trabalhador passou a ter”, disse.
Também participaram da mesa de abertura e do primeiro painel a secretária adjunta de Planejamento e Desenvolvimento Regional, Cibele Franzese, o deputado estadual Itamar Borges, a diretora executiva da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), Maria Helena Guimarães, e o chefe de Gabinete da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, Marcos Campagnone.

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