domingo, 22 de janeiro de 2012

O CAFÉ FUTURO

Nos últimos três anos o setor produtivo do café no Espírito Santo tem tido confronto com a indústria. A permanente ameaça de importação de café. Mas a meta é derrubar o preço no mercado interno e amealhar mais lucro.
A cafeicultura é o nosso bem econômico mais importante, gera renda e trabalho para milhares de capixabas e estabilidade econômica.
Quando o café tem preço remunerador, todo Espírito Santo tem retorno no bolso. Quando o preço é baixo, sofrem todos. Mas é aqui que fica o problema, que o mercado mais adiante e a criatividade do nosso setor produtivo retira as saídas e continua a plantar e a colher café.
A conversa começa em forma de boatos, ganha as páginas dos jornais e os gabinetes do Governo. Se o ditado ‘’água mole em pedra dura, tanto bate é que fura’’, estiver certo, breve milhares de sacas de café vindas do exterior vão chegar a Vitoria, Rio de Janeiro e Santos. Depois os cafeicultores virão para as cidades.
O Espírito Santo precisa levantar contra o setor industrial, que nunca perde. O capixaba não pode viver sem o café. Produzimos 10 milhões de sacas, um quarto da safra nacional, temos peso para falar alto e grosso. A omissão é o pior caminho.
Todo ano é a conversa de importação. No primeiro momento o mercado fica fragilizado e joga os preços para baixo. O objetivo é atingido, e os ganhos da indústria são inflados em detrimento do produtor rural e das comunidades interioranas. Aproveite e mande um recado para as lideranças de desaprovação com a tentativa de se importar café. Não tenham dúvidas, se hoje a pressão é grande, amanhã ela será maior. A força contra a produção será crescente e proporcional a sua reação.
Hoje batem na tua porta, mas chegará o dia que a pressão irá derrubar a porta e indicar o caminho do êxodo rural para muita gente. A idéia que parece insana e descabida, mas é real e verdadeira.
Enquanto o cafeicultor trabalha, a poderosa indústria conspira. Será que em 2010 a conversa da importação vai continuar?
ronaldmansur@gmail.com

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